Olá!!
Covardia. Não há outro nome que eu veja mais cabível ao meu comportamento senão covardia. Segundo o dicionário, covardia é o oposto a toda coragem e bravura; falta de ânimo, medo, timidez.
E é isso que eu demonstrei, mais uma vez, semana passada. Sábado, era um dia daqueles que você não sente vontade de ver quem quer que seja, não quer abrir a boca para nada e muito menos ouvir. Eu estava assim, fui para a clínica de manhã, voltei no horário do almoço, e não fiz nem as perguntas que de costume faço ao chegar em casa. Tirei um bom sono à tarde, assisti um pouco de TV e fui pro computador, onde fiquei até começar o filme ao qual eu queria assistir. Quando saí do quarto para a sala, minha mãe já começou os questionamentos.
"Kaka, o que é que você tem hoje que não falou com ninguém? Está o dia inteiro desse jeito! Não perguntou do seu irmão, nem da sobrinha..."
Respondi que não tinha nada, que estava tudo bem. Sentei para ver o filme e ela foi deitar-se.
Passado uns dez minutos, não se contentando com minhas respostas, ela levanta e volta a me perguntar:
"Kaka, você não está bem? Está sentindo alguma coisa?"
"Não, não estou sentindo nada!"
"O que é então? Está com algum problema na faculdade? Na Clínica? No psicólogo? No psiquiatra?"
"Não, não estou com problema algum!"
rs... Prestaram atenção nessa minha resposta?
Aí que eu enxergo a covardia. Eu tinha que ter tido a coragem de dizer a ela tudo o que está acontecendo.
Não consigo seguir as orientações do psicólogo, nem pra fazer amigos. Não consigo viver a minha sexualidade da forma como a sinto...
E com isto, eu acho que acabei descobrindo que eu só vou conseguir resolver toda essa questão, se contar a ela. Não sei nem faço idéia de qual seria a reação dela. Mas, talvez, eu necessite da "aprovação", ou mesmo, "desaprovação" dela para poder, definitivamente, viver.
Mudando de assunto:
Ontem, ao me deitar, não sei por que cargas d'água, me veio à mente o meu ex-professor de natação. Há algum tempo atrás, eu postei a foto de um cara que é muito parecido com ele. Só para relembrar, neste post eu relatei que ele foi uma grande oportunidade que perdi, devido a alguns indícios de interesse dele, porém a minha covardia foi mais gritante e me impediu de agir. São coisas do tipo: Numa certa aula, estávamos conversando sobre massagens, e, na frente dos outros alunos, ele pede para eu massagear os pés dele, dentro da piscina. Todos os dias, após a aula, ele pedia para eu ficar para ajudá-lo a colocar cloro na piscina (naquela época ainda era o cloro! hehe) e depois cobrir a piscina. Assim, ficávamos sozinhos para tomarmos banho, onde ele, muitas vezes, pedia minha toalha emprestada com a desculpa de ter deixado a dele dentro do carro. E quando saíamos para ir embora ele saia abraçado comigo, com o braço no meu ombro, e eu com o braço na cintura dele. Ou então, quando eu ia acertar a mensalidade, que estávamos só, ele tirava a camiseta com a desculpa de estar úmida...
Pois, então, lembrei dele ontem, e hoje pela manhã quem foi a primeira pessoa que vi? Cheguei a um laboratório para deixar um exame de minha irmã, e ele estava lá, veio falar comigo... lindo como sempre. E, eu tinha pensado, enquanto me lembrava dele, em perguntar se ele não voltaria a dar aulas de natação e dizer que eu só voltaria se fosse ter aulas com ele, fosse onde fosse. Mas, o assunto não se encaminhou pra essa direção.
Enfim, por que não são todos os pensamentos (positivos) que temos que dão resultado tão rápido assim, hein? rs
Beijo