Ainfain
Eu ia começar esse post com uma frase bem cabeluda e negativa. Porém, como estou lendo "O Segredo", resolvi mudar e começar com uma coisa mais leve.
Até agora eu não vi resultado positivo por minha mãe estar a par do que acontece comigo.
Bom, quando eu achava que ela tinha se "tranqüilizado" com a "esperança" que dei a ela. Uma vez que ela acha que isso é regenerativo, que há volta, ela quer buscar "em Deus" a minha "cura". (palavras dela)
Na quinta-feira, dia em que contei, eu saí de casa às 14:00 hrs para o trabalho. Estava tenso, claro. Cada hora que lembrava do que eu tinha feito minha barriga contorcia. Ela, apesar de chocada, não tinha feito nenhum drama.
Porém, quando foi 18:00 hrs, eu estava saindo para lanchar, o telefone toca. Ela, aos prantos, me pedindo pra dizer o que ela deveria fazer da vida dela, que estava delirando, que não sabia o que iria acontecer. Me desesperei, e perguntei se ela queria que eu fosse embora, e fui.
Cheguei em casa, ela estava no quarto chorando. Perguntou, novamente, o que ela deveria fazer. Respondi que eu não sabia, que tínhamos que aprender juntos.
Ela começou a reclamar que eu falava sobre o assunto com muita naturalidade, que tudo, para mim, parece normal e que isso doía muito nela.
Perguntou, mais uma vez, se eu quero lutar junto com ela para sair "desse caminho". Eu disse que sim.
Aqui, abre-se um parêntese: Nesse ponto eu estou me achando covarde, não tenho coragem de dizer olhando nos olhos dela que o que eu espero para o meu futuro. Talvez, hoje, eu nem saiba mais o que eu quero ou espero do futuro!
Enfim, em seguida, perguntou quando eu havia me descoberto assim. Disse a ela que eu tinha 13 anos, e me vi gostando de um menino que estudava comigo. Ela quis saber que era ele, mas eu não contei, mesmo ela conhecendo-o. Quis saber então se ele soube disto. Eu repeti a ela que eu nunca dei nada o que falar a ninguém!
Então ela me pergunta: "Nossa conversa vai ser dura, doída. E você seria o homem ou a mulher?"
AFF... Disse que isso não existe, e que eu nunca tinha vivenciado nada e por isso não poderia responder.
Então ela me abraçou chorando e disse que me amava. Ficamos um tempo assim. Eu não consegui chorar, não sei o porquê, mas não consegui e não sinto vontade de chorar. Talvez pelo tanto que já chorei, não é?
Tivemos essa conversa e minha irmã na sala, sem saber de nada, segundo minha mãe.
Saí do quarto e ela permaneceu lá por um bom tempo. Perguntei se ela queria ir a um médico, sei lá. Disse que queria falar com um de dois pastores que conhecemos há tempo. Eu disse que se ela quisesse ir, eu levaria.
Fomos, mas não o encontramos.
Na sexta-feira, fui ao psicólogo e ele só me alertou sobre as "bombas" que hão de surgir.
Dito e feito. Quando foi à noite, ela insiste para eu ir com ela em uma igreja evangélica, que não sei que tinha falado para ela à tarde. Disse que não iria, mas como não tínhamos encontrado o pastor que ela queria no dia anterior, resolvi ir para dar uma tranqüilizada nela.
Humpft
Ela já tinha estado lá à tarde. E pelo que pude notar ela tinha contado tudo ao pastor. Me fez uma daquelas orações de evangélicos, expulsando demônios, etc...
Agüentei firme e disse a ela, quando saí, que eu não estou possuído por demônios, que ela ia pensar que era ele que estava fazendo aquilo pra eu não voltar mais, mas eu não iria voltar...
Ficou por isso.
Aí, então, ela começou a implicar com o psicólogo e o psiquiatra, que são eles que estão me levando para o "mal caminho".
E o pior de tudo: ela disse que vai comigo na próxima sessão!
Sem falar que na net eu estou 10 vezes mais vigiado, né?
Enfim, acho que me arrependo até o último fio de cabelo de ter contado!
Mais uma vez, coloquei a carroça diante do burro!!!
Não sei onde vai chegar isso, o que vai acontecer... Só torçam por mim! Rezem por mim!
Abraço