quarta-feira, novembro 26, 2008

Ainda não foi dessa vez...

Olá!

 

Então... sábado não deu pra contar. Meus horários mudaram completamente. Tive um treinamento aqui na faculdade pela manhã, tive de ir pra clínica à tarde, saí de lá já eram mais de 8 da noite. E por fim, meu cunhado resolveu ficar namorando em casa com minha irmã.

E por conta disso, eu quase que entrego o jogo, e ia virar um... sei lá o quê.

Estávamos na sala: eu, minha mãe, minha irmã e o noivo. Estávamos assistindo à A Favorita, quando passou a cena da Lilian Cabral defendendo a Paula Burlamaqui que faz o papel de uma lésbica... logo em seguida passou a propaganda de um filme com o Marco Nanini e Ney Latorraca, onde eles se vestiam de mulher. Cara, se você visse o que eu escutei o meu cunhado falando... não aguentei. Me irritei e respondi: "É só não assistir, está aí para que QUISER ver!" E fui saíndo. Minha mãe tentou remendar e disse: "Mas, é que a gente fica chateado..." Acenei com a cabeça num gesto de negação e saí. Sei que no domingo ele chegou nem falou "bom dia". Minha irmã viu que estávamos assim, já começou a chorar e tal...

Minha mãe veio falar comigo, que ficou muito chateada com a forma que respondi a ele... sei que eu deveria ter aproveitado a hora e ter dito tudo a ela, porém, estávamos organizando as coisas para um almoço onde eu receberia algumas pessoas em comemoração a meu aniversário. Por isso, achei que não era momento nem local, né? E acabei dizendo que eu já estava cheio de ele ficar criticando o que eu assisto, e eu dentro da minha casa já tive que dar o direito a ele de assistir futebol enquanto eu queria ver outra coisa, que acho que estava chegando o momento de eu ter o meu espaço, pq uma coisinha que falo é motivo pra tanta coisa...

Enfim, com o almoço tudo voltou às boas!

Por causa disso, estou pensando melhor e acho que vou declarar minha liberdade sem ela saber... e viver minha vida, se algum dia ela perguntar... eu conto... quem sabe assim eu não vou ter alguém já, um apoio a mais, né?

 

Eu pedi o conselho de diversos amigos e juntando com o dos leitores do blog fica meio a meio. Ou seja, metade acha que só vou conseguir viver tudo o que sinto contando à minha mãe, a outra metade acha que devo começar a viver e se ela perguntar algum dia, então eu conto. Da mesma forma ocorreu com a opinião profissional. Meu psiquiatra acha que devo contar, enquanto meu psicólogo acha que tenho muitas outras coisas a resolver antes que ela saiba.

 

Resumindo... mais uma vez estou perdido. Minha mente já está cansada de tanto pensar qual o caminho a tomar...
 
Beijo

quinta-feira, novembro 20, 2008

30 Anos

Mais um aniversário, mais um ano que se passa.

E eu estou diante da tomada de decisão mais difícil da minha vida.

Contar ou não contar, à minha mãe, sobre minha sexualidade.

 

Por um lado, eu vejo que contar é solução para o "grande problema" da minha vida. Não relacionar-me, na realidade, com pessoas como eu, seja amizade, namoro, etc...

Por outro lado, eu sinto que deveria começar a relacionar-me com essas pessoas, sair... criar a independência "maternal" digamos, já que a financeira, de certa maneira, eu consigo ter.

 

Em relação ao dia 22, já não sei se será exatamente neste dia, pois já surgiram compromissos no sábado à noite, momento em que é costume eu estar sozinho em casa com minha mãe.

Eu juro que é isso, e não estou protelando mais uma vez! Rs

 

Beijo

domingo, novembro 16, 2008

22 de Novembro

Olá, amigos.

Semana atribulada pra mim essa que passou. E acho que mais uma começa!

Como comentei, o filme mexeu com meus pensamentos e vi o quanto sou incapaz de assumir a responsabilidade por aquilo que sinto e quero viver.
Por sorte, dia 12, tive uma consulta com o meu psiquiatra. Passei a ele tudo o que estava acontecendo, os sentimentos que despertaram em mim após assistir ao filme... falei da necessidade de ter a aprovação ou reprovação de minha mãe. Foi uma conversa longa e profunda. Onde ele conconrdou que o que resta para eu poder viver todo esses sentimentos reprimidos a dezessete anos, pois esta semana completarei 30 anos, é somente a ciência de minha mãe disso tudo, já que ela é a pessoa mais importante e mais próxima para mim. No entanto, o psicólogo discorda, e acha que tenho muitas outras áreas a serem trabalhadas e lapidadas antes de a família saber sobre minha sexualidade. Como por exemplo, a minha privacidade dentro de casa, a minha independência em relação à família...
De qualquer forma, o psiquiatra, na nossa conversa, fez com que, como presente de aniversário, eu marcasse uma data para sentar com minha mãe e então contar tudo a ela. Essa data foi marcada e é dia 22 de novembro, ou seja, o próximo sábado. Dois dias depois do meu aniversário, pois o psiquiatra sugeriu que fosse em outro dia para não estragar o aniversário.
E agora estou aqui, entre a dúvida e a certeza, entre a coragem e o medo... sentimentos que se alternam de minuto em minuto...
Mas, antes de tudo coloquei nas mãos de Deus... sei que ele vai mostrar a mim qual a melhor decisão a ser tomada: Contar ou não contar.

Comentei com o R. sobre tudo isso por e-mail. E, diante de tamanha tensão de minha parte, ele veio pessoalmente falar comigo na quinta-feira. A princípio ele achou que seria a melhor saída e que assim eu seria feliz. Chegou a oferecer sua casa caso aconteça alguma coisa, ou seja, minha mãe me expulsar de casa.
Perguntei se a esposa dele estava sabendo sobre tudo o que contei a ele, só para não criar problemas entre eles e quando encotrá-la saber que posso falar perto dela sobre o assunto.
Ele respondeu que não deveria ter feito isto, mas que ele ocntou, sim a ela.
Fiquei, com certeza, mais seguro e, se realmente eu contar e as coisas derem de mal a pior, terei um apoio.
Porém, na sexta-feira, enviei um e-mail a ele afirmando que eu não ligava de ele ter contado a esposa, e expliquei o porquê de ter perguntado. E perguntei se ele realmente não desconfiava de mim antes de ter contado.
Ele disse respondeu que nunca desconfiou, mas a esposa desconfiava e que ele já até brigou com ela por essa desconfiança. Seria ciúmes dela em relação à nossa amizade?
E nesse mesmo e-mail, ele disse que esteve analisando melhor e que achava melhor eu não contar à minha mãe. Pois tinha ouvido aquele dia que omitir não é pecado, e eu estaria evitando o sofrimento de alguém. E que, se eu tenho medo de sair do seio da família, do trabalho etc. ... que eu poderia ser feliz em muitas outras áreas da minha vida... e não deveria me envolver com ninguém, pois há muitas pessoas felizes sozinhas.
Acho que ele voltou no que ele disse no primeiro e-mail que trocamos sobre o assunto homossexualidade. Dizendo que eu deveria viver em abstinência. rs Não foi mais ou menos isso que ele tentou dizer?
Ainda não respondi a esse e-mail... mas, com certeza, vou dizer a ele que eu não conseguirei ser plenamente feliz nas outras áreas, se o que eu sinto é a falta de alguém que eu possa dividir momentos a dois... mais ou menos neste sentido.

Bem, amigos, eu sei que vocês esperam comentários nos blogs de vocês para comentarem aqui. Mas, esses dias foi meio complicado eu estar na net, por isso não tenho comentado. Mas, fazem uma forcinha, dê a opinião de vocês sobre a decisão que devo tomar, por favor!

PS. A quem devo resposta de e-mail ou e-mail, esperem que vou passar, ok?

segunda-feira, novembro 10, 2008

Tudo que é bom... dura pouco!


Keanu Reeves, uma pena hoje ele já não estar mais assim!


Oi, meus amigos!

É... como tudo que é bom dura pouco, minha oportunidade de um mínimo de liberdade não passou de vontade. Não irei mais viajar. Semana passada quando eu fui ver com uma das colegas que haviam me chamado se estava tudo certo, ela disse que não iria mais, pois a outra colega havia desistido e ela não teria com quem dividir o quarto, pois os outros "membros" da excursão, são desconhecidos tanto para mim como para ela. "Tudo bem", pensei, "vai ver não era pra ir!". Fiquei de boa. No entanto, hoje pelo que pude entender, ela vai viajar. Só não entendi o porquê de fazer isso. Realmente é difícil em quem confiar, não?

Mas, enfim, tirando isso, o dia já não começou muito bem para mim. Aliás, ontem não terminou muito bem.

Quero comentar, aqui, sobre o filme "Caçadores de Emoção" ou "Point Break", com Keanu Reeves (lindo!) e Patrick Swayze.

Então... assisti ao filme ontem. E fiquei mal pra caramba. Pois, resolvi assití-lo depois de, não sei onde, ter lido que se tratava de um filme com temática homossexual, e, ainda, tendo Keanu no papel principal, que é um dos homens que me tira do sério. No filme, Johnny Utah (Keanu) é um agente do FBI, com a missão de descobrir uma quadrilha de assaltantes de bancos. Seu parceiro de missão tem convicção de que se trata de surfistas. Assim, Johnny aprende surf afim de se infiltrar no mundo do surf e cumprir sua missão. Não demora ele conhece Bodhi (Swayze), um surfista "místico" e carismático, viciado em adrenalina, que mostra a Johnny uma nova maneira de viver a vida.
E aqui está a grande questão do filme, que me intrigou. Johnny, chega a se envolver com uma ex-namorada de Bodhi. Porém, em duas cenas, pelo menos na versão que vi, legendada, Bodhi diz que tudo que Johnny fez foi para ter o seu homem (Bodhi).

Afinal, esse filme é ou não gay? Procurei várias sinopses hoje e nada encontrei neste sentido. Vocês sabem me dizer?

Mas, se for a mensagem que eu tive é que "vale tudo por amor, custe o que custar!" Inclusive, deixar o seu grande amor morrer.

Fiquei mal pra caramba! Afinal, o que eu já fiz por amor?
Simplesmente... nada!

E pra me deixar um pouco pior. Fui fuçar nas minhas fitas K-7 e a primeira música que ouço é "Sou toda pra você" de Gloria Estefan. Uma época que eu sofria e muito por amor!

Keanu Reeves



Sempre assim, só nos dois
Sem deixar pra depois
Esse amor, nunca igual
Cada vez mais coisa e tal

O tempo não perdoa e a noite vai
Eu te quero ate o fim e nunca é demais
Isso é tão bom pra mim
Assim eu fico em paz
E o que mais eu vou querer
Sou toda pra você

Sempre assim, sem pensar
Outra vez me entregar
Respirar, teu calor
Flutuar, no teu amor

Teu corpo me estremece de prazer
Faz o mundo desabar
Me faz enlouquecer
Não da mais pra controlar
O jogo é pra valer
E o que mais eu vou querer
Sou toda pra você

Quero te amar, pra sempre ser feliz
Sente o coração que sempre diz
Não dá pra voltar atrás, nuca mais

Sempre assim, sem pensar
Outra vez, me entregar
Respirar, teu calor
Flutuar, no teu amor

Teu corpo me estremece de prazer
Faz o mundo desabar
Me faz enlouquecer
Não da mais pra controlar
O jogo é pra valer
E o que mais eu vou querer
Sou toda pra você

Sou toda pra você minha vida
Sou toda pra você minha vida, sou toda pra você

segunda-feira, novembro 03, 2008

Será o primeiro passo?

Olá! Obrigado pelos comentários, novos visitantes. E a quem estou devendo e-mail, pode esperar que enviarei, ok?

 

Bom... estou ansioso e ao mesmo tempo inseguro, com medo, com uma pequena oportunidade que está surgindo para que eu me "desligue" um pouco da família e possa, finalmente, conseguir um pouco de independência e fazer novas amizades. Uma colega de trabalho me chamou para uma excursão para o litoral paranaense, onde passaremos apenas o final de semana do dia quinze, que é feriado. São dois dias só, mas me sinto bastante inseguro, pois será a primeira vez que fico fora de casa sem alguém da família por perto. Mas, como sempre tem que ter a primeira vez, e a minha já está muito atrasada, vou arriscar! rs

Fico imaginando em tentar ter alguma "experiência" homo por lá... sair à caça, mas não sei se terei coragem pra tanto. Acho que seria um passo muito grande por ser o primeiro, não acham?

E por falar em experiência, alguém sabe me dizer se há casas GLS por lá? Procurei na net e não encontrei nada. Se souberem por favor deixem um comentário!

Enfim, colocarei vocês a par do que acontecer por lá! Podem aguardar! Rs

 

Beijo