quarta-feira, maio 21, 2008

Desistência

Desistência

Olá, caros leitores!

Quero, mais uma vez, pedir desculpa a vocês pela demora em postar. Mas, como já disse há algum tempo atrás, não quero postar quando tiver só coisas "ruins" para falar.

Ficar só lamentando. Tenho certeza que ninguém gosta de ler lamentações. Porém, também devo levar em conta um dos objetivos do blog: desabafar sobre meus problemas.

Sendo assim, farei um pequeno desabafo hoje.

Pois bem, sobre contar para minha mãe. Estou quase convencido de que não será uma boa coisa. Apesar de não ver uma solução diferente para que eu possa começar a viver aquilo que realmente quero e sinto. O por quê dessa desistência? Simples. Como todos sabem a televisão, bem ou mal, vem dando uma contribuição para que a sociedade "engula" aquilo que ela não quer enxergar. Ou seja, os homossexuais existem, estão aí e são como qualquer outra pessoa, amam como qualquer outra pessoa, só que uma pessoa do mesmo gênero seu. Contribuição esta dada pelas novelas, seriados e até programas de humor. E como, só agora, depois de aposentar que minha mãe pôde se dar ao luxo de assistir a uma novela, comecei a observa-la, nos momentos em que eu estava assistindo junto a ela. E, quando passava uma cena, por exemplo, de Bernardinho e Carlão, em Duas Caras, eu pude ouvir da boca dela frases horríveis. Como: "Que nojo!", "Mas, é covarde!", "O mundo ta perdido!", e coisa e tal.

Resumindo: Não sei o que fazer da vida!

Mudando de assunto, mas nem tanto... bem o S2 (que bonito fosse isso mesmo! rsrs), o carinha lá da clínica, foi demitido. AFF Acho que é um carma que me persegue.

Bem, como eu disse eu estava observando ele a cada instante que conversávamos para poder "colher informações". O que não obtive muita vitória. Até porque, certo dia estávamos conversando, quando a enfermeira-chefe chegou e viu ele na sala de tratamento onde eu estava. Ela, como toda solteirona e mal-amada é, repugnante, tratou logo de faze-lo sair da sala. Explicando: Ele conversava comigo sobre um projeto de trabalho dele, quando ela chegou ele, para ter assunto com ela, começou a elogiar um auxiliar de enfermagem de um pronto-atendimento, que havia atendido à avó dele, já que uma vez anterior, que havia detonado o braço da velhinha. Com esse comentário a japonesa encalhada, começou a retruca-lo dizendo que não era bem assim, que enfermeiros de PA não tem preparação para punções. Falando seca e grosseiramente com ele. Ele sem falar nada foi saindo. Antes que ele saísse ela ainda ordenou: "Lave as mãos antes de sair!". Ele olhou por volta e não viu comunicado nenhum que dissesse que era obrigatório fazer isto ao sair da sala, mas lavou, saiu e foi para sua sala.

Quando ela saiu, foi direto para a sala dele e proibiu-o de entrar em minha sala. Eu fiquei de cara com isso! Se eu fosse um pouquinho estourado, levaria para justiça , pois caracteriza discriminação. Só não o fiz por necessitar daquela clínica para fazer meu tratamento.

Escrevi isso a ele num e-mail e ele respondeu: "Não, não precisa disso. Nossa amizade está acima do preconceito dela. Eu não vou deixar de ir lá quando você estiver."

Cheguei a comentar com o médico-diretor, o qual disse a mim que, como eu conhecia a japonesa, deveria saber o jeito dela.

Fiquei mais aliviado. Porém, na semana seguinte, chego lá e ele demitido.

Apavorei! Pensando que ele havia sido mandado embora por causa disso, liguei imediatamente em seu celular e ele me disse que não foi por isso, mas uma armação que fizeram para ele.

Depois disso nos falamos por e-mail apenas. Muito pouco, aliás. Acho que nunca mais o verei...

Enfim... Como é que a gente faz para ter um homem desses num lugar como esse, hein?


Beijo

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi Kaka, nossa que situação chata esta da demissão. Eu brigaria muito tb com esta situação. Não deixe de manter o contato com ele uma vez que tem o telefone.
Respondendo a sua pergunta, heheheheh. Não dormi não. Fiquei pensando na possíbilidade e também na hipótese de eu ter confudido as coisas. Vai saber né?! Quando descobrir como conseguir o carinha da foto me fala que eu tb quero hahaahahaha. Bom feriadão. Bjo.

Leo disse...

Também passo por estes problemas com minha mãe. Não sei se devo ou não contar e fico adiando um bocado isso.
Achei bem legal seu texto sobre desenvolver o gaydar também! Se você descobrir como, me avisa :P
E como você, também tenho a tendência a só querer escrever quando estou deprê. Tenho tentado evitar isso...
Gostei do blog! Vou voltar!
abs

Ainda mais por dentro...(rick) disse...

Cara essas coisas devem sempre ser escritas... mas se nao quiser escrever pode me add no msn ric-fernandes@hotmail.com... desabafe... afinal nossas vidas são tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais!

FOXX disse...

ah
eu estava me sentindo da mesma forma...
sem qrer postar coisas ruins

Anônimo disse...

Eu tive vários momentos que pensei em falar para meus pais sobre minha orientação sexual. Como a sua, minha mãe sempre falava coisa não muito agradáveis de se escutar. Acabei desistindo.
Hoje em dia nosso relacionamento é muito bom, nunca contei nada para ela, mas sei que ela sabe, tanto ela como meu pai. Trabalho e não peço mais nada para eles, apesar de vivermos na mesma casa. Dividimos as contas o que me deu mais liberdade e voz em nosso lar.
Hoje ela pouco critica quando vê coisas assim, mas vez ou outra solta algo.
Dá mais um tempo para pensar nisso, mas espero que a decisão que você tomar seja a melhor e mais positiva para ambos.
Hoje em dia estou cogitando de em uma oportunidade oportuna dentro do contexto de uma conversa soltar algo, mas ainda preciso pensar se isso se faz necessário, ou deixo as coisas como estão.

Leo Carioca disse...

Bom, como eu disse a você antes, contar pra mãe costuma ser meio barra pesada.
Mesmo que ela aceite, tem aquele problema de, daí pra frente, ela querer se meter todo dia no assunto.
Por isso, você tem que pensar muuuuuito bem antes de contar.
Os resultados... acho que você já viu que não vão ser muito positivos, né? Mas só você pode saber se deve contar ou não.