Algo faz falta em mim
Como uma nuvem que se desfez
Um dia que escureceu
Uma estação que passou
Um sonho que não se sonhou
A solidão nem fere tanto
As mágoas são esquecidas
Diante desse vazio imenso
Nem o frio é tão intenso
E o inverno aos poucos se vai
Acho que me acostumei
A fria existência é como um filme
Que se repete em sessões escuras
Com ele, vão as amarguras
Os calos, o desconforto
Mas algo foge de mim
Eu sinto que não me pertence
No tédio a que mergulho
Na solução que procuro
Não sei o que fazer
Algo está vazio, sem sentido
Tudo é estranho, sombrio
Como tudo em minha volta
Saio, olho a rua, nada vejo
Não sinto vida além da porta
Tudo é estranho, sombrio
Como tudo em minha volta
Saio, olho a rua, nada vejo
Não sinto vida além da porta
PS. Sei que a foto não tem nada a ver com o poema, mas... como ele conseguiu esses pelinhos delicionos no tórax, hein?
Um comentário:
ps.:
deliciosos mesmo!!
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